Étienne Levac
etienne_levac@hotmail.com
Tradução com a colaboração de Daniel Revillion Dinato
Texto original publicado em francês na Revista Lüvo
Com a neve deixando na região do Quebec, eu tive um tempo para apreciar a descida preguiçosa dos flocos e as pequenas rajadas na cima dos telhados dos edifícios no minho barrio. Esses sinais do inverno me lembraram as águas do baixo tapajós, afluente amazônico. o verano pasado, no projeto de introdução para a etnografia na Amazônia brasileira intitulado Antropologia comparativa das sociedades e cosmologias indígenas do Québec e da Amazônia, nosso grupo realizou uma série de conferências nas universidades de Belém e Santarém também nalgumas comunidades ribeirinhas nos afluentes Tapajós e Arapyuns. O sujeito de nossa apresentação, a meu amigo Louis-Gabriel e eu, foi sobre o inverno no Quebec e a contribuição dos povos indígenas daqui na domesticação dessa temporada difícil.
O Inverno não é uma coisa comum pras famílias, os jovens e os adultos dessas comunidades que moram numa região mais quente e úmida do mundo. De ouvir sobre os cachorros de navio, as raquetes o simplemente de compreender o que é uma temperatura abaixo de 0 graus quando a gente está debaixo do sol projetava os jovens num imaginário poco depara. Sobretudo que ante de presentar, tinha o pequeno filme de Eva Kaulai realizada com o Wapikoni Mobile e que se chama « Katatjatuuk Kangirsumi (canto de gargara en Kangirsuk)”. Este pequeno filme mostra duas crianças da comunidade de Kangirsuk no Nunavik (uma região do Canadá) cantando canção de gargara numa paisagem glacial que é o norte do Norte e isso tem fascinado a juventude das comunidades.
Mais no mesmo tempo que nosso grupo estiva nas comunidades, os incêndios de floresta na Amazônia estavam em fúria. Este ano, o número dos incêndios no país é insuperável desde 2010. De acordo a um artigo do jornal Folha de S. Paulo, tive uma aumentação drástica dos fogos desde o ano passado: 90% mais fogos no junhio, 278% no júlio, 222% no agosto e 96% no septembro. Mas umas das grandes diferenciais dos últimos anos é que esta vez o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apoia abertamente estes incêndios. Afinal, o actual presidente fez uma chamada para a “retomada” dos territórios reconhecidos como indígenas por as ??? para a utilização dos recursos naturais. Também, ele encorajou os incêndios com sua inação vontade para desligá-los e sua consideração de fazer dos incêndios uma política official numa óptica de crescimento econômico.
Cifras e discursos oficiais numa outra hemisfera podem nos tocar até certo grau. Nosso grupo tinha o imenso privilégio de falar com muitas pessoas incluindo um pajé, curandeiro tradicionais da região e membras da associação das mulheres indígenas Borary na comunidade que está conocido hoje como Alter do Chão quem transmitiram-nos seus sentimentos sobre o território, a sua destruição e a sua lutas pra vida, a água é a terra. Luta que continua. As zonas econômicas de extração dos recursos naturais se multiplicam, os territórios pra caça recolha, as abelhas que desaparecem por causa dos pesticidas, as violências contra as comunidades e dos territórios que aumentam são dor e sofrimento que torna esta luta infelizmente necessário.
A experiência que nós vivemos foi formidável, emocionante e culmina de forma diferente, dependendo da nossa respectivas perspectivas: o que é percebido como uma partida para as pessoas que ficam e um regresso para aqueles de nós que partem. Essa realidade é ainda mais verdade que, alguns dias depois que nós saímos de Alter do Chao, este lugar se via a presa das Chamas. Falar do frio com colectividades que os territórios estão queimando dá toda a distância que nos separam. Mais que a distância existe só é uma outra forma de constatar que tem tudo o lugar para se aproximar. Esta experiência ficará gravado na memória de todas as pessoas que a viveram e para não só falar no passado o de sentir pena das nossas diferenças, difusivos, apoiamos, escrevemos e atuamos de onde agente pode.